Ah, A Caiçara! Essa mocinha tão jovem (um aninho) com um corpinho de ansiã charmosa (uma casa de pelo menos 142 anos, minha gente!) e com uma herança cultural milenar <3
Ela nasceu da oportunidade de montar um negócio nesse casarão maravilhoso no coração da cidade e da vontade de três jovens empreendedores: um jornalista cultural, músico e especialista em gentileza (Heitor), um chef de cozinha que precisava ter liberdade para criar e dormir de madrugada (Fredy) e uma ex-advogada, dona de casa e mãe à beira de um ataque de nervos (Lívia).
Após algumas reuniões em que essas três pessoas só conseguiam concordar que era preciso abraçar a vocação turística da casa, usar ingredientes frescos, ter o jardim como estrela de tudo e embalar a coisa toda com muita música, surgiu a ideia que foi prontamente abraçada por todos: cozinha caiçara.
O nome veio naturalmente, não tinha porque complicar e rebuscar uma coisa tão simples. Era caiçara e era uma moça.
A escolha por esse caminho foi seguida por uma série de conversas sobre comida, costumes e lembranças com a Dona Loirinha, avó da Lívia. Parnanguara, festeira e chegadinha num doce de abóbora, a Dona Loirinha deu o caminho das pedras do que os caiçaras sempre tinham à mesa e das sensações que nós tínhamos que tentar imprimir a cada refeição.
Depois veio o trabalho do Fredy, modernizar as reminiscências e fazer com que o cardápio fosse tão maravilhoso como comida de vó, mas com aquele twist de cozinha contemporânea.
O Heitor veio com toda a sua bagagem de agitador cultural, jornalista, músico. Organiza as coisas como um maestro aqui dentro. Disciplinado, gentil e obstinado em fazer as pessoas estarem aqui dentro e apreciarem a estadia.
E com tudo isso em mente, nós abrimos a casa ao público. Um projeto que não pára de crescer e mudar com o passar do tempo. Nunca estará pronto. Porque é uma coisa em constante mutação assim como o mar, a floresta e tudo o que nos inspira aqui n’A Caiçara.